Isso nunca me aconteceu antes. Calma, estou falando de ficar mais de um mês sem atualizar esse blog. A partir de agora, creio as condições estão muito mais favoráveis para que isso não volte a ocorrer. Tenho um computador novo e uma conexão aqui no hotel. E acho que esses argumentos bastam para não deixar o blog abandonado. Segue um pequeno artigo que escrevi, a título de debut para o site Sequelados.
Seqüelados de todo mundo, uni-vos
Foi com satisfação que aceitei o convite de redigir algumas palavras para este site, após dar uma boa olhada no mesmo. Primeiro de tudo, gostaria de dizer que a iniciativa do próprio é muito boa: a internet nos traz essa possibilidade de uma desvinculação do conteúdo estritamente comercial. Dessa forma, creio que o que contêm aqui trata-se do mais puro gosto de seus editores e não está colocado de forma a empurrar goela abaixo conteúdos que interessam a uns e outros.
Pensando no nome do site, vem à cabeça o significado da palavra seqüela. Sempre que pensamos nela, geralmente ligamos às sequelas físicas deixadas por alguma doença ou acidente:
seqüela s.f. anomalia conseqüente a uma moléstia, da qual deriva direta ou indiretamente (Dicionário Eletrônico Houaiss)
Se pudermos estender à seqüela não só conseqüências físicas, mas também psicológicas e/ou emocionais, as seqüelas em nossas vidas começam a ficar mais evidentes: a psicologia considera que somos produtos de três forças (ou pressões): a filogenética (nossos genes), a ontogenética (nossa convivência) e a cultural (o meio que nos cerca). Esses fatores são os determinantes da pessoa que eu sou e que você é neste momento.
E estas três forças podem (e vão) deixar seqüelas para sempre, quando você começa a perceber que tem mais coisas de seus pais que imaginava (filogenética), age como seus amigos e pessoas próximas (ontogenética) e se porta como brasileiro, paulista, gótico, estudante, religioso, caipira, ou o que quer que seja (cultural).
Em suma, você que está lendo isso aqui é um seqüelado não só porque acessa esse site. Mas o é pelo simples fato de pertencer à raça humana. E aí, quais são suas seqüelas?
Shirov, 24, é seqüelado e tenta entender de psicologia porque sabe que têm coisas que não vai entender nunca.
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