Acabo de receber e-mail da Madame X Produções, ganhando de brinde um ingresso para o show da banda Samiam, no domingo. Achei bem legal, antes disso só tinha ganhado o livro autografado do Torero, Os cabeças de bagre também merecem o paraíso, num chat do Lance!, mas que até hoje não chegou...
Agradeço aos caras da Madame X, domingão com certeza estarei lá!





Neste domingo, dia 29/09 tem edição extra do Circuito de shows Internacionais em Londrina: SAMIAM (Califórnia-USA) + Garage Fuzz (Santos) + Overwhelm (Londrina).

Mais de 1200 pageviews em apenas dois dias. Tudo por causa do post da festa à fantasia.
A pergunta derradeira é: a internet está infestada de tarados? Não acredito, creio que trata-se da sexualidade que pulsa no ser humano, que o impele-o à vida, como já nos dizia um tal de Freud lá no começo do século XX. Quem tiver olhos para ver, que veja.

Ler o que o Bruno postou no Solta o som! fez-me refletir por um momento. Segue um raciocínio complementar, que postei a seguir:

E além do fato em si, há mais alguma coisa? Sim, creio que há o sentido do fato.
O sentido, acho, é a entidade mais misteriosa do universo.
Relação, não coisa, entre a consciência, a vivência e as coisas e os eventos, ou seja, os fatos!
O sentido dos gestos. O sentido dos produtos. O sentido do fato de existirmos.
Me recuso a viver num mundo sem sentido.
A vida pode se resumir tão somente na busca do sentido, mas pelo menos nisso.
Pois isso é o próprio sentido da natureza do sentido: ele não existe nas coisas, tem que ser buscado, numa busca que é a sua própria fundação.
Só buscar o sentido faz, realmente, sentido.
Tirando isso, não tem sentido.

Eu preferiria não comentar sobre esse fato, uma vez que há inúmeros veículos na internet noticiando-o. Mas recebi um e-mail pedindo mais detalhes sobre a já famosa festa Giovanna. Como ainda tem gente que não sabe e/ou não viu as fotos, decidi publicar o conteúdo de minha resposta aqui, para quem me lê também ficar informado. Aí vai:

Oi Alessandra!
Desculpe, a princípio achei que estivesse brincando.
Explico: GV é uma das melhores faculdades de administração e economia do Brasil (Fundação Getúlio Vargas). Fica em São Paulo, e Giovanna é o nome de uma tradicional festa à fantasia. Nesta edição, fizeram tipo uma tenda com um pufe no meio, e colocaram um aviso do tipo "sorria, você está sendo filmado". O detalhe é que alguns casais mais ávidos não deram atenção ao tal aviso e foram flagrados pela câmera indiscreta. Aqui algum dos links em que você poderá ver as fotos (eles não ficam por muito tempo devido ao conteúdo, o que obriga os servidores a retirarem do ar):
- http://www.festafgv2002.kit.net
- http://acenude.kit.net/party/
- http://homepage.mac.com/magiozal/FileSharing1.html (.zip para quem usa PC e .sit para quem usa Mac).
- groups.yahoo.com/group/talibancomovo/files/surubafgv.zip
- groups.yahoo.com/group/grandessurubas/ (isso é uma lista de discussão aberta especialmente para o assunto, em seus "arquivos" é possível baixar o .zip com as fotos da suruba de Ribeirão Preto e da festa da GV).
- http://festagiovanna.blogger.com.br (esse é um blog supostamente escrito por uma das meninas flagradas nas fotos, onde ela se defende e contra-ataca!)
Bom, é isso! Se quiser mais algum esclarecimento, fico à disposição...
Atenciosamente,
Rodolfo

Mais alguns esclarecimentos: esse links eu peguei no Cocadaboa diário. Mais detalhes também na Isto é Online.
Há um e-mail circulando por aí, principalmente aqui em Londrina, dizendo que são fotos da Metamorfose, a festa à fantasia de Londrina. É mentira. Algumas pessoas, como eu, estão achando que a Globo.com está se aproveitando desse fato para divulgar ainda mais o blogger brasileiro (na forma das respostas da suposta vítima das fotos, que alguns acreditam que seja uma própria pessoa da equipe da Globo quem esteja escrevendo-o) e seu serviço de hospedagens de páginas gratuitas, o kit.net, uma vez que eles demoram para retirar as fotos de cunho impróprio do ar. Aguardemos cenas dos próximos capítulos.

Quando vai acabar esta adolescência? Muitos autores discorrem sobre esse tema, e um pensamento atualíssimo é que não, ela não acaba quando se vão os anos teens. É o meu caso e é o caso dospersonagens da literatura pop, que podem até ser pós-adolescentes (com 35 anos!), mas não se sentem parte do mundo adulto. Por exemplo, como bem observou minha amiga Luciana, em Alta Fidelidade os personagens parecem que se recusavam a crescer, a amadurecer. Alguma semelhança com a realidade? André Takeda, na contracapa do seu livro, nos diz:
Aquela tênue (e normalmente turbulenta) passagem da irresponsabilidade suposta da adolescência para a vida adulta - seja lá em que idade isso aconteça... E, principalmente, a definição de até que ponto essa entrada significa uma rendição ao mundo, ou, ao contrário, uma tentativa de amoldar o mundo a essa sensibilidade aflorada.
E a epígrafe de seu livro é justamente essa:
Maturidade é uma fase, adolescência é para sempre. (Jules Feiffer)

Isto posto, convoquemos Leminski:

Quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência

Vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

Vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

Vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

Então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência

(Paulo Leminski)

Chegado Rodolfo de idéias claras a enxergar
Meu apelido veio da mística e da destreza de uma ave de rapina
E não precisa de drogas pôr em minha cabeça não comporta mais anfetamina
E sim adrenalina que é uma vacina da minha mania
De que tudo se transforme em música um dia
(Falcão, d'O Rappa, em participação na música Três Reis, do Rodox)

Há algum tempo li um artigo, se não me falha a memória, do Max Gehringer que falava sobre alguns vícios de quem fala ao telefone. Dentre todos, o que mais me irrita (mais que ficar falando no gerúndio) é o famoso Quem? A pessoa te liga e transforma um único pronome numa frase inteira. Tudo bem que a vida moderna, onde o tempo é bastante valorizado, demande rapidez e concisão. Mas o que custa, em nome da boa educação, formular pelo menos uma frase completa com sujeito, predicado e verbo - assim como a tia do primeiro grau nos ensinou?
Quando acontece comigo, e não são poucas as vezes, costumo retribuir no mesmo tom:
- Alô?
- Quem?
- Eu.
- Eu quem?
- Eu mesmo. Com quem vossa senhoria gostaria de se comunicar com tão vasto vocabulário?

Era uma reunião de técnicos em administração pública. O diretor do departamento os havia convocado para ouvir a palestra de um colega que havia feito curso nos Estados Unidos e iria relatar a sua experiência:
- Ele fará uma explanação do que teve oportunidade de observar e aprender - informou, ao apresentá-lo: - Quando terminar, passaremos à outra sala, onde serão servidos refrigerantes e um sorvete. Quem quiser fazer alguma pergunta, não se acanhe, pode fazer.
Um dos técnicos presentes fez logo um sinal e, ante a aquiescência do diretor, perguntou:
- Sorvete de quê?
(Fernando Sabino)

Outro dia o Tavin estava comentado sobre aquele poema do Fernando Pessoa que diz que se Deus está em tudo e tudo nele, porque chamamo-no de Deus e não de árvore, rio, etc. Isso me lembrou na hora de um poema do Leminski que eu não consegui recitar por inteiro. Segue o poema:

Um Deus é também o vento
Só se vê seus efeitos
Árvores em pânico
Bandeiras
Água trêmula
Navios a zarpar
Me ensina
A sofrer sem ser visto
A gozar em silêncio
O meu próprio passar
Nunca duas vezes
No mesmo lugar
A este Deus
Que levanta a poeira dos caminhos
Os levando a voar
Consagro este suspiro
Nele cresça
Até virar vendaval
(Paulo Leminski)

Em total apoio ao meu amigo keiichi, é com orgulho que aqui divulgo a Campanha do papel higiênico virado pro lado certo! Participe você também!

Leitura recomendada:

Trapo, de Cristóvão Tezza

Não sei se está em catálogo, eu li o da biblioteca pública de Curitiba, mas outro dia achei num sebo aqui em Londrina por míseros três reais. Para os mais chegados, é só me pedir emprestado!
Trata-se das desventuras de um suicida de 20 anos recontadas pelos seus escritos encontrados por seu ex-professor. Envolvente, muito bem escrito e de fácil leitura, ilustra um pouco o que passa pela cabeça daqueles que já saíram da adolescência e ainda não se sentem muito acolhidos pelo mundo adulto.
Um tema recorrente na chamada literatura pop. O detalhe é que Cristóvão Tezza, catarinense radicado em Curitiba, escreveu este livro se não me engano em 88, muito antes dos Hornbys e da chamada nova geração de autores brasileiros. Nada contra esta nova geração, mas que tal não deixar de lado os mais antigos (e que sem dúvida, exerceram alguma influência) e ler os da sua geração também? Fica aí a sugestão!

Não que eu queira me gambá, moléstia à parte eu tenho um bom vocabularo:

Resultado

28 pontos

Eu tenho um excelente vocabulário.

Teste Seu Vocabulário.

It's evolution, baby!

The Simpsons Personality Test - Which character from The Simpsons are you most like?

I am Lisa



And you? Check it out!

Está na Wired: ter blog no Brasil é chique!

Eu vi isso numa página há um bom tempo. Algo machista, mas sem dúvida, engraçado:

O homem descobriu o vidro e inventou a garrafa
A mulher descobriu o vidro e inventou o espelho
O homem inventou o baralho, e logo depois o jogo
A mulher descobriu o baralho e inventou a cartomante
O homem descobriu a palavra e inventou a conversa
A mulher descobriu a conversa e inventou a fofoca
O homem descobriu o dinheiro e inventou o comércio
A mulher descobriu o comércio e inventou a dívida
O homem descobriu a comida e inventou o almoço
A mulher descobriu a comida e inventou a empregada
O homem descobriu a mulher e inventou o namoro
A mulher descobriu o homem e inventou o casamento
E aí o homem não inventou mais nada!

Mulheres, manifestem-se!

Para quem quer testar a velocidade real de sua conexão, eis o Speedometer. É um dos mais confiáveis que já vi até hoje.

Dizem que Freud, ao chegar à América para um série de conferências e se deparar com a multidão que o recebeia calorosamente, teria comentado com Jung:

Este pessoal não suspeita que lhes trago a peste.

Lenda ou não, convoco Camus, que esmiuçou muito bem a peste, em seu livro homônimo:

(...) aquela alegria estava para sempre ameaçada, que o bacilo da peste não morre, nem desaparece nunca, que ele pode permancer por dezenas de anos adormecido nos móveis, nas roupas guardadas, que sabe esperar pacientemente nos quartos, nos porões, nas malas, nos lenços e nos papéis amontoados, e que talvez viesse o dia em que, desventura e ensinamento para os homens, a peste despertaria os seus ratos para enviá-los à morte numa cidade feliz.
(Albert Camus in A Peste)

Sampleado do Hiro.

Acabei de assistir Nós que aqui estamos por vós esperamos. É um filme que traça um panorama do século XX, bastante realista e impactante. Portanto, assista-o, mas não espere por amenidades.

Dizem que em algum lugar,
parece que no Brasil,
existe um homem feliz.
(Maiakovski)

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo

(Excerto extraído do Poema de sete faces, do Drummond)

Reflexão do dia:
Eu usava os cadernos ditos "universitários" na escola e no colegial. Na faculdade, uso os cadernos menores por serem mais leves e práticos, ou no máximo, folhas de fichário (ou folhas de sulfite mesmo). Onde ficou o "universitário"?

Contra a tradição, há contradição.

Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
(Mário Quintana)

Acabei de fazer o cd que o Tavan (vem do francês "Tavin") me pediu. Agora nossa viagem de quinta já tem trilha sonora!

Esses sistemas de comentários me decepcionam profundamente... quando não estão fechados, estão em manutenção.
Não comente esse post!

Falando no Canadá, lembrei-me de uma notícia que li há algum tempo (não foi na net, foi em uma revista). Era mais ou menos assim:

Mulher enche a lata e se dá bem
ONTÁRIO - Linda Hunt, 52 anos, acaba de receber 200.000 dólares de indenização por ter porrado o carro em 1994, ao dirigir bêbada. A bebum, que enfiou o pé na jaca numa festa da empresa na qual trabalhava, alegou que os colegas deveriam tê-la impedido de dirigir.

O Canadá não é um país sério.

Sobre o título desse blog, eslcareço: vem do latim Introite, et ic dii sunt. Ou seja, entrai, pois aqui também há deuses.
Foi empregada por Lessing como dístico para sua peça Nathan der Weise. Aristóteles em De partib animal., I, 5, atribui a mesma, em sua forma grega, a Heráclito.
Melhorou?

Daqui a duas semanas é a Metamorfose, a maior festa à fantasia do mundo, pelo menos é o que dizem (mas não provam).
Se alguém tiver sugestões para a minha fantasia, deixe nos comentários!