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    20 de set. de 2002

    Outro dia o Tavin estava comentado sobre aquele poema do Fernando Pessoa que diz que se Deus está em tudo e tudo nele, porque chamamo-no de Deus e não de árvore, rio, etc. Isso me lembrou na hora de um poema do Leminski que eu não consegui recitar por inteiro. Segue o poema:

    Um Deus é também o vento
    Só se vê seus efeitos
    Árvores em pânico
    Bandeiras
    Água trêmula
    Navios a zarpar
    Me ensina
    A sofrer sem ser visto
    A gozar em silêncio
    O meu próprio passar
    Nunca duas vezes
    No mesmo lugar
    A este Deus
    Que levanta a poeira dos caminhos
    Os levando a voar
    Consagro este suspiro
    Nele cresça
    Até virar vendaval

    (Paulo Leminski)

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