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    5 de abr. de 2005

    Não é a seriedade

    "Em diferentes graus, todos os animais brincam, exploram, movimentam-se sem motivo aparente. Mas somente alguns conservam na idade adulta a capacidade juvenil de brincar, como certos pássaros (o corvo, por exemplo), os roedores, os carnívoros superiores, os primatas, e, evidentemente, o homem. Note-se que as espécies verdadeiramente capazes de brincar são também as mais 'cosmopolitas', que souberam se adaptar aos climas mais diversos e aumentaram, com isso, suas possibilidades de sobreviver.

    O que é correto em biologia não é menos correto no âmbito da sociedade e da cultura. Para sobreviver em determinado território, uma sociedade precisa de bastante obstinação, empenho, ordem e egoísmo - muita seriedade enfim. Mas essas qualidades (ou esses defeitos) não são suficientes para que se progrida. Não é a seriedade, mas a brincadeira, a curiosidade, a exploração gratuita - que constituem os fundamentos dos mitos, dos ritos da vida em sociedade e da própria ciência."

    Martine Mauriras-Bousquet
    Correio da Unesco, 07/1991.

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