Ontem foi meu aniversário. Nada de comemorações ou maiores excessos, estes eu deixo para o resto do ano. Na verdade, passei-o praticamente na estrada. Aliás, pela manhã, fomos - eu e a Ellen - ao museu Oscar Niemeyer em Curitiba. Valeu para conhecer a estrutura, não vale uma nova visita. Não me agrada ver uma exposição sobre o Surrealismo com apenas um trabalho de Dalí e uns parcos três de Miró.
No momento encontro-me em Santa Cruz do Sul-RS a trabalho. Olhando um ano para trás, acredito que estou em melhor situação do que aquele tempo. Sempre é bom estar, ou pelo menos acreditar. Há algum tempo eu venho pensando que nunca falei de assuntos mais pessoais neste blog, e tenho certeza de que assim continuará: prefiro colocar assuntos mais interessantes àqueles que aqui adentram.
Este post é apenas uma quebra de protocolo para marcar esta data, e também uma dívida de satisfação àqueles amigos que por força das circunstâncias acabam ficando sem notícias: espero que um dia ou outro venham a ler este, e reencontrá-los no mais breve espaço de tempo.
Esta mensagem, excerto de 100 dias entre céu e mar, de Amyr Klink, é para eles:
Passados dois meses de tantas histórias, comecei a pensar no sentido da solidão. Um estado interior que não depende da distância, nem do isolamento; um vazio que invade as pessoas...
E que a simples companhia ou presença humana não pode preencher. Solidão foi a única coisa que eu não senti, depois que parti, nunca, em momento algum.
Estava, sim, atacado de uma voraz saudade. De tudo e de todos, de coisas e de pessoas que há muito tempo não via.
Mas a saudade às vezes faz bem ao coração. Valoriza os sentimentos, acende as esperanças e apaga as distâncias.
Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudade... mas não estará só.
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2 comentários:
Pô Fuba, valeu mesmo pelo comentário. O sentimento que prevalece no momento é o de gratidão, por saber que você leu esta mensagem e reconheceu em você um dos destinatários.
Eu também espero visitá-lo o mais brevemente e, enquanto isso não acontece, deixo uma saudoso abraço.
Que lindo esse post Rodolfo. Quase chorei!
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