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    12 de nov. de 2002

    Já que não publiquei meu contículo, aqui vão dois poeminhas que rabisquei semana passada. Versam sobre o ser, mais precisamente sobre o ser disfarçadamente o que não se é. Qualquer semelhança com Leminski será mera influência. E, uma última advertência: são fraquinhos, mas são meus:

    I
    o que eu era
    já era

    o que eu fui
    já foi

    de agora em diante
    apenas serei

    o que quer que seja


    II
    chegará o dia
    que me verão
    como sou

    e não
    como quero que vejam
    que sou

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