Se fosse vivo, Carlos Drummond de Andrade estaria completando 100 anos hoje. Ao lado de Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto, é considerado um dos maiores poetas brasileiros. Certa vez, disse em uma entrevista:
Não tenho a menor pretensão de ser eterno. Pelo contrário: tenho a impressão de que daqui a vinte anos - e eu já estarei no cemitério São João Batista - ninguém vai falar de mim, graças a Deus. O que eu quero é paz.
Já foi muito louvado e muito mais com certeza virá neste seu centenário. Não é preciso pretender ser eterno para chegar a sê-lo... descanse em paz, poeta.
Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(Carlos Drummond de Andrade)
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário